05 dicas para estudar para os concursos da Advocacia Pública

Com a considerável quantidade de editais publicados, muitos de vocês devem estar aflitos sobre como começar a estudar para concursos da Advocacia Pública. Os concursos de procuradorias são, de fato, um grande atrativo no mundo dos concursos dada a possibilidade de advocacia privada em 90% das PGEs e PGMs, além da excelente remuneração inicial e honorários. Nesse sentido, com vistas a esquematizar o estudo direcionado para a carreira, aqui vão algumas dicas valiosas de organização, planejamento e psicológico de como estudar para advocacia pública.

As matérias principais para a carreira, que chamamos de Núcleo Duro (ND), são basicamente quatro:

  • Constitucional,
  • Administrativo,
  • Processo Civil e
  • Tributário.

Essas matérias equivalem a 60% de algumas provas, e consistem na principal linha de atuação da carreira. Todavia, além delas, importante também estudar Direito Civil, Financeiro e Trabalho/Previdenciário. Essas matérias acessórias cada vez mais têm ganhado relevo, e quem as estuda consegue garimpar pontos decisivos na aprovação. É comum que algumas bancas cobrem essas matérias “satélite” justamente para eliminar candidatos que não estejam tão bem-preparados.

É dizer, a maioria dos candidatos as negligencia e, por isso, se destacar nessas matérias pode te colocar algumas pontuações à frente. Isso requer um estudo horizontal de todas as matérias cobradas no edital, lembre-se de buscar um equilíbrio.

Portanto, aí vão 5 apontamentos acerca de como estudar para advocacia pública e só parar com a aprovação:

1 – Analise sua realidade. O erro de muitos é tentar buscar fórmulas prontas para problemas únicos. Portanto, um conselho que sempre damos é: não adianta você pegar o planejamento de alguém que tem 8h livres por dia se você só possui metade desse tempo. Não adianta usarmos o esforço do outro como régua na nossa realidade. Então, a primeira coisa a fazer é: perceba qual a sua real disponibilidade para o estudo. Você mora com familiares? Trabalha e estuda? Tem filhos? Tudo isso deve ser sopesado antes de montar o cronograma. Metas irreais só levam a frustração, e a frustração desestimula a seguir nessa jornada. Não há fórmula mágica. E não há quantitativo mínimo de horas para passar. A única regra é: estabeleça seu método dentro da realidade que você tem e aprimore-o ao longo do percurso. Uma hora irá funcionar.

2- Escolha um bom material. Quantidade não é qualidade. Na preparação para concursos muitos erros são cometidos. Sair comprando todos os cursos de pdf disponíveis no mercado é um dos mais comuns. Confie em um curso e adote esse material como sua Bíblia. Se quiser, pode adicionar no pdf uma jurisprudência recente ou aquele trecho do livro/artigo do examinador que acabou de sair. Complementações são sempre válidas, informações novas agregam muito o material, mas o importante é buscar um curso específico para a carreira para criar confiança no material.

3- Revise. A primeira vez que lemos um conteúdo tendemos a achar que tudo é importante. Curiosamente, saímos grifando o material todo e só depois, nas revisões, percebemos o quão relevante é determinado ponto ou não. Somente revisando percebemos que não gravamos aquele detalhe ou conceito importante. Revisar faz parte do estudo. Há pessoas que tiram 1 dia da semana apenas para revisar todo o conteúdo estudado, outras, separam a última semana no mês para revisar o conteúdo das outras. Seja como for, tenha a sua forma de revisar e não a subestime. Organizar a revisão é tão (ou mais) importante que organizar o cronograma de estudos. Afinal, a medida em que vamos aprendendo coisas novas, nosso cérebro vai deixando os antigos aprendizados no esquecimento. Por isso, tenha em mente que revisar é preciso.

4 – Seja honesto consigo. Estude o tempo que tiver disponível e não negocie com a rotina. Tem dias que o seu melhor são 4 horas de estudo, em outros dias esse tempo pode ser bem maior ou bem menor. Não se sabote considerando estudado um ponto que não absorveu tão bem da matéria, afinal, na prova pode cair justamente essa questão. Ademais, não negligencie o estudo de informativos ou resolução de questões discursivas e objetivas. Muitos alunos têm medo de resolver questões pois se sentem frustrados ao errar. Não tenha medo do treino. Concurseiro não pode ter ego inflado. Tenha em mente que essa jornada envolve muitos erros (principalmente no início). Não desanime nos erros, melhor errar no treino e acertar quando for pra valer.

5 – Descanso também faz parte do treino. Não somos máquinas, mas é preciso ter autoconhecimento o suficiente para identificar suas necessidades e para perceber quando você está enrolando ou simplesmente não está a fim. Não se sabote. Se for necessário, pause um, dois ou mais dias. A dose certa só você saberá dizer.

É isso pessoal, espero que tenham gostado. Sigam firmes e a aprovação virá.

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